Log in

By signing on using these social channels, you acknowledge you have read the Privacy Policy and T&Cs

Or

Do not have an account?

Um século de icônicas
memórias cinematográficas

Flying Down to Rio

Enquanto o Copacabana Palace, A Belmond Hotel, Rio de Janeiro comemora seu 100º aniversário, nosso ícone carioca à beira-mar está olhando para um século de icônicas memórias cinematográficas. Voe para o Rio com a jornalista de cinema brasileira, Rafa Sales Ross, enquanto ela nos guia pelo legado cinematográfico da cidade…




Nem todo grande hotel pode se gabar de ter duas inaugurações. O Copacabana Palace, porém, pode. Situado no icônico bairro de Copacabana no Rio de Janeiro e modelado pelo arquiteto e designer francês Joseph Gire após os grandes hotéis de praia do século XIX e início do século XX, o hotel abriu suas portas em agosto de 1923.

Mas foi dez anos depois que a Copa teve outra inauguração luxuosa, uma ficção, no musical Flying Down to Rio, de Thornton Freeland, de 1933, da RKO Pictures.

O filme, produzido por um dos mais notórios estúdios da Era de Ouro de Hollywood, marcou a primeira vez de Fred Astaire e Ginger Rogers juntos, dupla que viria a esculpir seus nomes como as grandes estrelas dessa era cinematográfica. Em Flying Down to Rio, Astaire e Rogers interpretam Fred Ayres e Honey Hale, o acordeonista e vocalista de uma banda de orquestra popular liderada pelo compositor Roger Bond (Gene Raymond). É a obsessão de Bond pela socialite Belinha (Dolores del Río, cujo parceiro de destaque Orson Welles viria se hospedar no hotel quase uma década depois) que leva a banda ao Rio de Janeiro, de onde a jovem é natural.

RKO RADIO PICTURES

A banda chega à cidade sob o pretexto de tocar na inauguração do 'Atlantic Hotel', uma versão fictícia do Copacabana Palace, do pai do magnata de Belinha. O nome é apropriado, já que o hotel da vida real fica na Avenida Atlântica, a avenida à beira-mar que se estende pelas orlas recortadas das praias de Copacabana e Leme, com quase 5 km movimentados por corredores, ciclistas e transeuntes.

O Atlantic Hotel, embora recriado nos estúdios da RKO a mais de 10 mil quilômetros do Rio, recria meticulosamente a imponente e icônica fachada art déco do Copacabana Palace, com vista aérea do clássico prédio que aparece no grand finale do filme, com bailarinos sendo levantados de o chão para o céu para executar o número de encerramento memorável. As coristas dançam em pequenos aviões em uma série de conjuntos bem desenhados, de terninhos com tema náutico a duas peças reveladoras, uma escolha ousada que acenou diretamente para a cultura carioca do biquíni.

The 1933 musical movie Flying Down to Rio featured the iconic seafront art deco Copacabana Palace Hotel

Flying Down to Rio (1933)


Walter Plunkett e Irene Maud Lentz, conhecida profissionalmente como Irene, elaboram o figurino do filme, que varia de luxuosos casacos de pele e vestidos da alta sociedade americana a homenagens à herança brasileira, como enfeites de cabeça elaborados que homenageiam a cantora brasileira Carmen Miranda. Por meio de seu trabalho com a RKO Pictures, Plunkett viria a revolucionar o funcionamento interno do figurino como um todo, eventualmente assinando o guarda-roupa de clássicos de todos os tempos, como Gone With the Wind (1939) e Singin' in the Rain (1952).

Após o sucesso de Flying Down to Rio, que posicionou a cidade brasileira como um centro cosmopolita cinematográfico, o Copacabana Palace tornou-se a residência preferida de celebridades, recebendo estrelas da velha Hollywood como Ava Gardner, Marlene Dietrich, Jayne Mansfield e Brigitte Bardot na primeira metade do século 20 e abrigando estrelas contemporâneas como Robert De Niro, Tom Cruise, Helen Mirren e Anthony Hopkins nas últimas décadas.

Como morador do Rio e cinéfilo, estive entre os que se reuniram do lado de fora da entrada majestosa do hotel, esperando ansiosamente que uma estrela de cinema entrasse por suas portas, com as lanternas dos fotógrafos quase tão ofuscantes quanto o sol tropical. Foi enquanto esperava do lado de fora da Copa que consegui localizar Vin Diesel, Kristen Stewart e Robert Pattinson, todos na cidade para filmar sequências de grande orçamento para as franquias Velozes e Furiosos e Crepúsculo.

É verdade que as perseguições de carro lideradas por Dominic Toretto e os casos românticos de belas vampiras não são os únicos filmes inspirados na orla do Rio de Janeiro, e muitos cineastas se voltaram para a paisagem naturalmente cinematográfica de Copacabana para suas produções. Rio (2011), de Carlos Saldanha, indicado ao Oscar, mostra a arara Blu (Jesse Eisenberg) embarcando em uma aventura que leva ele e sua trupe pelos pontos de beleza mais famosos do Rio - Copacabana incluída, é claro. Em 1979, o próprio James Bond fez uma viagem ao Brasil em Moonraker, com Roger Moore em uma cena de adrenalina no bondinho do Pão de Açúcar, de onde se pode ter uma das vistas mais deslumbrantes das praias da cidade.

O bairro de Copacabana é destaque em Cidade de Deus (2002), de Fernando Meirelles e Kátia Lund, considerado um dos melhores filmes brasileiros de todos os tempos - e um dos favoritos do ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. O icônico ator francês Jean-Paul Belmondo desfilou pelas areias de Copacabana em That Man From Rio (1964), enquanto uma das estrelas americanas mais icônicas de todos os tempos, Mick Jagger, filmou o filme cult Running Out of Luck, de 1985, em solo brasileiro, 21 anos antes dos Rolling Stones tocarem para um público de 1,5 milhão de pessoas na Praia de Copacabana, um dos maiores shows gratuitos da história e um momento que ficou marcado na história do rock 'n' roll.

O próprio Copacabana Palace tem sido um local de destaque no cinema, com o ator vencedor do Oscar Jean Dujardin desfilando por seu lobby em OSS 117: Lost in Rio (2010), de Michel Hazanavicius. Bill Pullman e Charlotte Rampling filmaram em 2010 no grande hotel para Jonathan Nossiter, em Comédia sexual carioca. Outro clássico nacional filmado no Copa foi Os Sem Escrúpulos, de Ruy Guerra, exibido no prestigiado Festival Internacional de Cinema de Berlim em 1962.

Seja como cenário deslumbrante para filmes ou como residência para belos bon-vivants de Hollywood em busca de refúgio glamoroso, a história da Copa está sempre entrelaçada a do cinema, tanto em nível nacional quanto internacional.

E, para nossa sorte, as maravilhas do hotel não são reservadas exclusivamente para as estrelas do cinema.

Registre-se para receber notícias exclusivas, inspiração e ofertas para viagens

Ao inserir suas informações, você consentirá em receber, por e-mail, informações sobre as ofertas e atualizações do grupo Belmond. Para cancelar o recebimento, use o link de cancelamento ou envie um e-mail para unsubscribe@belmond.com. Consulte a nossa política de privacidade para obter detalhes.